Um anel de radiação até então desconhecido pelos cientistas cercou a Terra no ano passado, antes de ser aniquilado por uma poderosa onda de choque interplanetária.
As sondas gêmeas Van Allen, da NASA, que estão estudando os cinturões de radiação da Terra, foram responsáveis pela descoberta – e por surpreender os astrônomos. A descoberta de um novo e temporário cinturão de radiação em torno de nosso planeta revela o quão pouco conhecemos sobre o espaço exterior, mesmo em regiões próximas.
Após a humanidade começar a explorar o espaço, a primeira grande descoberta aconteceu em 1958 – o Cinturão de Van Allen, uma região onde ocorrem diversos fenômenos atmosféricos por causa da concentração de partículas no campo magnético do planeta.
Acreditava-se que esse cinturão consistia em dois anéis: uma zona interior composta por elétrons e íons positivos de alta energia que se mantém estável ao longo de vários anos ou décadas; e uma zona exterior, composta por elétrons de alta energia cuja intensidade oscila ao longo de algumas horas ou dias, sendo fortemente influenciada pelo vento solar, um fluxo de radiação proveniente do Sol.
A descoberta de um novo cinturão de radiação temporário obriga os cientistas a rever o modelo que explica o Cinturão de Van Allen.
As quantidades gigantescas de radiação do Cinturão de Van Allen podem representar sérios riscos para satélites. Para saber mais sobre eles, a NASA lançou duas sondas gêmeas (apelidadas de Van Allen), no verão de 2012.
Os satélites estavam armados com uma série de sensores para analisar cuidadosamente partículas energéticas, campos magnéticos e ondas de plasma no cinturão com sensibilidade e resolução sem precedentes.
Inesperadamente, as sondas revelaram um novo cinturão de radiação ao redor da Terra – uma faixa de elétrons altamente energéticos embutida no Cinturão de Van Allen, localizada entre 19.100 e 22.300 acima da superfície do planeta. Essa faixa deve ter se formado no dia 02 de setembro e durou 4 semanas, desaparecendo complemente no dia 01 de outubro, interrompida por uma onda de choque interplanetária causada pelo aumento na velocidade dos ventos solares.
Ainda não se sabe como esse cinturão surgiu, e futuros estudos do Cinturão de Van Allen podem revelar se essas faixas são comuns ou raras. [Space]
Fonte:
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(= Bom post.
ResponderExcluirÓtimo Blog, Salu!