Li esse artigo no Blog Burgos e achei muito interessante, estou repostando aqui.
O líder militar do Hamas na Faixa de Gaza,
Ahmed Jabari, trabalhava em um projeto de acordo de paz permanente entre Israel
e Palestina antes de ser morto por autoridades israelenses nesta quarta-feira
(14), de acordo com o ativista israelense Gershon Baskin. Baskin afirmou ao
jornal Haaretz que mantém contato com o Hamas desde que ajudou a negociar a
libertação de um soldado.
Segundo o ativista, o Hamas estava formando um
documento que garantia que militantes de Gaza preservassem a ordem de
cessar-fogo, mesmo em meio ao aumento das tensões com Israel. Baskin afirmou
também que as autoridades israelenses estavam cientes deste acordo quando
autorizaram o assassinato de Jabari.
“Eles (os
militares) cometeram um erro estratégico que custará a vida de diversos
inocentes de ambos os lados”, lamentou Baskin. “Esse sangue poderia ter sido
poupado. Aqueles que tomaram essa decisão deveriam ser julgados por seus
eleitores. Infelizmente, é bem provável que recebam ainda mais votos por conta
disso”.
Baskin disse ao jornal que, durante suas
negociações pela libertação de um soldado, se comunicou com Jabari e descobriu
que, nos últimos dois anos, o líder militar estava concluindo que a perpetuação
de hostilidades não beneficiava nem o Hamas, nem a Faixa de Gaza. “Em diversos
momentos ele tentou evitar o disparo de mísseis do Hamas para Israel. E mesmo
quando eram disparados, a ordem era sempre para mirarem em espaços abertos”,
contou.
Há alguns meses, Baskin se reuniu com o
ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, e apresentou o projeto inicial de
trégua. Depois do encontro, foi criada uma comissão interministerial para
avaliar quais seriam os termos do acordo.
Desde o assassinato de Jabari, Baskin perdeu
contato com a Palestina e está se comunicando com o Egito. O governo do Cairo
informou que aguardará a tensão entre Israel e Palestina se acalmar para tomar
qualquer decisão.
Ataque israelense à Faixa de Gaza é estratégia
eleitoral de Netanyahu, diz oposição
Setores da
oposição israelense vêem a decisão do primeiro ministro Netanyahu de atacar a
Faixa de Gaza como uma estratégia para obter mais votos, já que o país se
encontra a poucos meses das eleições gerais.
Políticos e
imprensa questionam se Netanyahu não teria iniciado a operação aérea – que pode
se tornar terrestre – para desviar a atenção da opinião pública de outras
questões, como a economia e a deterioração do bem-estar
social.
Não é incomum que
Israel lance ataques às vésperas de um pleito: das últimas sete eleições no
país, cinco foram precedidas por operações militares, incluindo a atual,
batizada de Pilar Defensivo.
De acordo com Ahmed Tibi,
membro da bancada do Partido da Lista Árabe Unida no parlamento de Israel, em
2009, a dois meses das eleições, o então primeiro ministro Ehud Olmert iniciou a
operação Chumbo Fundido, que matou 1400 palestinos. O mesmo ocorreu em 1981,
quando Menachem Begin atacou Bagdá a seis meses dos comícios. A operação Uvas da
Ira no Líbano, sob o comando de Simón Peres, também aconteceu a alguns meses do
pleito.
Em 2002, Israel anunciou uma ofensiva contra a Cisjordânia meses antes de Ariel Sharon ser reeleito pelo partido Likud. Outra operação, desta vez contra Gaza, foi lançada em 2006, após o Hamas obter o controle da região. O primeiro ministro Ehud Olmert foi reeleito pelo partido Kadima logo após o ataque.
“Agora Netanyahu não terá que responder a perguntas incômodas, como a razão pela qual um quarto dos israelenses vive abaixo da linha de pobreza, ou o porquê de a maioria dos bens de consumo custarem o dobro aqui do que na Europa, e mesmo a origem da escassez de moradias a preços acessíveis para jovens. Essa é uma estratégia incrível para ele: ganha um mês sem ter de oferecer explicações”, alegou Tibi.
O governo israelense, no entanto, afirma que a operação Pilar Defensivo é necessária para a segurança dos cidadãos do sul do país. “A proximidade das eleições é meramente uma coincidência”, afirmou o porta-voz do gabinete de Netanyahu ao Opera Mundi. “Esta é uma operação rápida. Não queremos que se prolongue por muito tempo. O objetivo é debilitar o Hamas para alcançar uma calma relativa para a população do sul”.
Fonte: Sul21
Em 2002, Israel anunciou uma ofensiva contra a Cisjordânia meses antes de Ariel Sharon ser reeleito pelo partido Likud. Outra operação, desta vez contra Gaza, foi lançada em 2006, após o Hamas obter o controle da região. O primeiro ministro Ehud Olmert foi reeleito pelo partido Kadima logo após o ataque.
“Agora Netanyahu não terá que responder a perguntas incômodas, como a razão pela qual um quarto dos israelenses vive abaixo da linha de pobreza, ou o porquê de a maioria dos bens de consumo custarem o dobro aqui do que na Europa, e mesmo a origem da escassez de moradias a preços acessíveis para jovens. Essa é uma estratégia incrível para ele: ganha um mês sem ter de oferecer explicações”, alegou Tibi.
O governo israelense, no entanto, afirma que a operação Pilar Defensivo é necessária para a segurança dos cidadãos do sul do país. “A proximidade das eleições é meramente uma coincidência”, afirmou o porta-voz do gabinete de Netanyahu ao Opera Mundi. “Esta é uma operação rápida. Não queremos que se prolongue por muito tempo. O objetivo é debilitar o Hamas para alcançar uma calma relativa para a população do sul”.
Fonte: Sul21
E ainda há quem "ore" por Israel porque "Deus manda orar pela prosperidade de Israel".
Vou parar por aqui o comentário...
Mais notícias: http://actualidad.rt.com/actualidad/view/78443-minuto-israel-se-prepara-invasion-terrestre-gaza#.UKd3tF9mGpA.facebook
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