sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Um dos tentáculos da tirania: A Fundação Ford

A maior organização filantrópica do mundo, a Fundação Ford, é na realidade a maior fachada da CIA par subverter regimes políticos estrangeiros, fomentar revoltas e penetrar nos movimentos alternativos mundiais, tudo em nome da hegemonia económica americana.
Uma curiosa fundação filantrópica.
A Fundação Ford é uma organização filantrópica, com sede em Nova Iorque, que tem oficialmente como objectivo o financiamento de projectos como os da defesa da democracia e a redução da miséria.





Foi criada em 1936 por Henry Ford, figura lendária da indústria automóvel, mas também antissemita militante, que financiou o nacional-socialismo alemão e que detinha uma grande parte do capital da empresa química IG Farben, frabicante do gás zyklon B. Também foi ele que nos anos trinta construiu as primeiras fabricas de produção automóvel para Stalin.

Uma fachada da CIA.

A Fundação Ford é a maior fundação filantrópica do mundo, mas na realidade, foi fundada para servir de fachada às operações financiadas pela CIA. O objectivo é interferir no regimes políticos dos outros países isolando movimentos de oposição aos interesses americanos. Funciona como uma extensão do governo dos Estados Unidos.

Um caso típico, é o financiamento do Congresso para a Liberdade da Cultura (Congress for Cultural Freedom), fundada em 1950, com sede em Paris, que é financiado pela CIA através da Fundação Ford.

Durante a "guerra fria" este Congresso tinha por missão a elaboração de uma ideologia anti-comunista aceitável tanto para a direita conservadora, como para a esquerda socialista e reformista. Uma das suas criações foi a retórica da possibilidade da existência de uma "terceira via" que era, nem mais nem menos, uma "desmarxialização" dos meios intelectuais ligados aos Partidos Comunistas europeus.

Neutralizar os opositores.

Desde a sua criação, a Fundação Ford não mudou os seus objectivos: a defesa dos interesses estratégicos dos Estados Unidos. A diferença, é que actualmente tem vindo a desenvolver um novo método de ingerência: o "soft power", isto é, intervir nos debates internos dos seus adversários, através de subvenções, de modo a favorecer entre os vários grupos rivalidades esterilizantes.

Antigamente, os dirigentes da fundação e os da CIA iam-se revezando. Actualmente, a presidente da fundação é Susan Berresford, membro executivo do Chase Manhattan Bank, mas ela também é membro da Comissão Trilateral e do Council on Foreign Relation (CFR).

O conselho de administração da Fundação Ford é composto por membros da Xerox, Alcoa, Coca Cola, Levi-Strauss, Reuters, Time warner, CBS, Bank of Enlgand, J.P. Morgan, Texaco,Carlyle,...

O combate actual da fundação já não é o perigo comunista, mas sim, formar os futuros dirigentes mundiais para os tornar mais compatíveis com o pensamento económico americano e assegurar-se de que os que se opõem à hegemonia dos Estados Unidos não irão muito para além das suas simples campanhas eleitorais.

A Fundação Ford também financia os movimentos de oposição aos regimes inimigos. Financia o National Endowment for Deemocracy e assegura-se da vassalagem dos dirigentes da Nigéria e de Angola por causa do seu petróleo.

O controlo da ONU.

O outro grande domínio de influência da Fundação Ford é a junto à ONU. Aqui, a fundação promove um modelo menos agressivo do que o dos neo-conservadores, dando a sensação de uma maior abertura à ONU e uma diplomacia menos agressiva.

Foi assim que Koffi Annan, com a sua aparência moderada, foi eleito para a ONU. Koffi Annan foi financiado pela fundação Ford para ir estudar nos Estados Unidos, no MIT, antes de prosseguir os seus estudos na Suíça. Próximo de Madeleine Albright, foi nomeado secretário-geral da ONU por ser tido como "o homem dos americanos".

Controlo da informação e movimentos alternativos.

A Fundação Ford tem um grande peso nos media. No passado financiava os jornais anti-comunistas, actualmente financia jornais alternativos, juntamente com o Instituto de George Soros. A finalidade é penetrar os reservatórios do pensamento critico que constituem esses jornais alternativos, para os sabotar do interior focando a critica sobre temas bem definidos e omitidos informação perturbadora para o sistema americano.

A Fundação Ford também financia abundantemente os movimentos e reuniões alter-mundialistas como o Fórum Social Mundial. Esta intrusão permite-lhe ter um peso decisivo nos debates dessas organizações. Para perceber bem essa influência, chegou-se ao ponto de ouvir dizer a alguns militantes desses fórum que punham em causa o FMI e o Banco Mundial, e que seria necessária uma taxa sobre as transacções financeiras que essa deveria ser colectada e gerida pelo....FMI.

Convém não esquecer que a Fundação Ford não financia o Fórum Social Mundial por partilhar das suas ideias, mas ao contrário financia-o para o poder neutralizar. O mesmo se passa com os financiamentos de organizações estrangeiras. Estas servem para alimentar os conflitos e as rivalidades internas de um país, enfraquecendo os movimentos anti-americanos e facilitando o triunfo dos mais brandos sobre os mais perturbadores para os Estados Unidos.

Fontes:
http://octopedia.blogspot.com/

http://guerre.libreinfo.org/manipulations/mensonges-de-guerre/83-fondation-ford/781-ford-subventionne-contestation.html

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