Em 30 de Outubro de 1961 a Rússia testou a “mãe” de todas as bombas, a Tsar-Bomba, também conhecida como “AN602 hydrogen bomb”. A mais potente bomba nuclear do planeta. Embora inicialmente tenha sido projetada para ter uma potência de 100 Megatons, sua potência foi reduzida para 50 Megatons, devido aos problemas que uma detonação desta pudesse causar. E assim testaram os seus efeitos no arquipélago Novaya Zemlya, no oceano Ártico.
A Tsar Bomba foi levada ao campo de teste por um avião bombardeiro Tu-95 especialmente modificado, que levantou voo de uma base aérea na península de Kola, pilotado pelo Major Andrei E. Durnotsev. O bombardeiro foi acompanhado de um avião de observação Tu-16, que coletou amostras do ar e filmou o teste. Ambos os aviões foram pintados com uma tinta reflexiva especial de cor branca para limitar os danos causados pelo calor gerado pelo teste.
A bomba de 27 toneladas era tão grande (8 metros de comprimento por 2 metros de diâmetro) que as portas de lançamento e os tanques de combustível das asas do Tu-95 tiveram de ser removidos. Ela foi presa a um pára-quedas de retardo de queda que pesava mais de 800 quilos, o que dava a ambos os aviões a possibilidade de voar para pelo menos 45 km de distância do ponto zero de detonação. Se houvesse uma falha nesse retardo, a bomba ou teria atingido a sua altitude de detonação mais rápido do que o previsto tornando o teste uma missão suicida para os aviões, ou atingiria o solo a uma velocidade alta demais com resultados imprevisíveis.
A bola de fogo gerada pela explosão tocou o solo e quase alcançou a mesma altitude do avião bombardeiro, podendo ser vista a mais de 1.000 km de distância. O calor gerado poderia causar queimadura de 3º Grau em uma pessoa que estivesse a 100 km de distância. A nuvem em forma de cogumelo que se seguiu chegou a 60 km de altura e algo em torno de 35 km de largura.
O vídeo a seguir é um trecho do documentário “Trinity and Beyond”, dirigido por Peter Kuran, onde é mostrada a detonação:
Como se observa no vídeo e na imagem à esquerda, a explosão inicial gerou uma bola de fogo de aproximadamente 8km de diâmetro.
Este teste demonstrou o poder de destruição da mais poderosa bomba jogada a partir de um bombardeio em 1961.
Outro país que testou exaustivamente suas bombas nucleares foi os EUA, e apesar da evidência dos efeitos nefastos de deixar pessoas próximas à detonação, os comandantes militares estadunidenses foram além, convocaram milhares de soldados para ficarem expostos à explosão como parte do teste. Desta vez com uma bomba nuclear de menor potência, de 1.2 kilotons em 1951.
Este é um trecho do documentário onde podemos acompanhar a Operação Buster-Jangle em terra, aqui vemos soldados sendo colocados em trincheiras para “observarem” a detonação de uma bomba nuclear. Note como as “cobaias” aguardam a chegada da bomba, conversam, jogam baralho e assim que ouvem a explosão, saem de suas trincheiras e caminham em direção ao centro da detonação.
Preciso dizer que muitos morreram de câncer ou transmitiram deformidades genéticas para seus descendentes devido à exposição à radiação? Bill Browder que esteve no local narra o fato:
A maior parte deste grupo de jóvens pára-quedistas ingênuos (e os milhares que seguiram nos próximos anos) morreram de câncer e outros por problemas genéticos que passaram para os seus descendentes. Para piorar, todos foram obrigados, sob a ameaça de serem julgados por traição, não falar sobre o que aconteceu naquele dia. Como eu sei isso? Eu estava lá.
Fonte: danigardner
A maior carga usada nessa operação foi de 31 kilotons e 10 anos depois a Rússia já estava testando uma de 50 Megatons. Em poucos anos a potência foi multiplicada. Detalhe, a Tsar-Bomb deveria ser de 100 Megatons, ou até mais, só não foi criada porque não poderia ser testada fisicamente.
Tendo estas informações em conta, é possível imaginar que em 2012 a Rússia, EUA, China e outras potências nucleares tenham bombas milhares de vezes mais potentes que a Tsar-Bomb.
Recentemente, para tentar despreocupar a comunidade internacional e desviar a atenção ao poder nuclear que os EUA possui, o governo estadunidense fez um gesto simbólico para o “desarme nuclear”, mandou destruiu sua bomba nuclear “mais potente”, a B53 de 9 Megatons.
Mas espere! o governo norteamericano quer que nós acreditemos que a bomba mais potente que eles possuiam era a B53 construída em 1962 de 9 Megatons, sendo que a Rússia possuia uma de 50 Megatons em 1961? Muito estranho.
O fato é que atualmente as potências nucleares não precisam mais de bombardeios para lançarem bombas nucleares, agora eles usam mísseis de vários alcances. O mais novo dos EUA é o Minuteman III (LGM-30G), a Rússia possui o Bulava, a China possui o DF-41, a Inglaterra o Trident II. Todos possuindo a capacidade de levar centenas de kilotons em cada míssil.
A lista de países e seus mísseis intercontinentais pode ser vista neste link.
Este post foi apenas para dar uma amostra do que nos espera no caso de uma 3ª Guerra Mundial com arsenal nuclear, e chamar a atenção das pessoas do risco que a humanidade corre ao ser governada por um grupo de psicopatas que possuem o controle dos bancos, corporações, mídia e exércitos.
http://caminhoalternativo.wordpress.com/2012/03/04/tsar-bomba-a-bomba-nuclear-russa-de-50-megatons/
E depois nos fulmes falam que os russos que são ruins
ResponderExcluirlogico fica provocando
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