quinta-feira, 17 de novembro de 2011

FINALMENTE!!! EFICÁCIA DA VACINA H1N1 CONTRA A GRIPE SUÍNA É QUESTIONADA POR ESPECIALISTAS INTERNACIONAIS


Não há provas científicas de que a vacina contra o vírus H1N1 seja eficaz para conter a gripe suína. Esta é a opinião de especialistas internacionais que participaram ontem do VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia, em São Paulo. Eles também questionaram a eficácia do fechamento de escolas e do controle em aeroportos como estratégias de proteção na pandemia de 2009.
O próprio Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa Silva Junior, reconheceu, durante o evento, que faltam evidências que mostrem o impacto da vacinação contra o H1N1. “Não há estudos comprovando de maneira efetiva o impacto da vacina”, afirmou. Ele acrescentou que a adoção de medidas de contenção, como o isolamento de pacientes e adiamento de aulas, são ineficazes.“Algumas doenças infecciosas são impossíveis de conter.”
Para o professor Arthur Lawrence Reingold, chefe da Divisão de Epidemiologia da Universidade da Califórnia, nenhuma das estratégias atualmente disponíveis para conter o vírus – do uso de antivirais ao isolamento dos pacientes – tem eficácia comprovada. “Não acho que a cobertura vacinal tenha a ver com a mudança na circulação do vírus. Ainda não é possível conter uma epidemia de influenza, só atrasá-la”, disse. Até a recomendação de se lavar as mãos com frequência é vista com ceticismo. “Nunca foi comprovado que isso previne a transmissão do H1N1, apesar de ser uma medida importante de saúde.”
O médico espanhol Juan Gérvaz, da Sociedade Espanhola de Saúde Pública e Administração Sanitária, foi enfático ao afirmar que a reação à gripe H1N1 foi exagerada e que o desenvolvimento de vacinas, bem como a adoção do antiviral oseltamivir (o tamiflu), teria atendido a interesses da indústria farmacêutica.
Para justificar seu ponto de vista, ele cita que a mortalidade pela influenza A na Polônia, onde ninguém foi vacinado, e na Espanha, onde uma parcela da população recebeu a vacina, foi semelhante. “As vacinas se transformaram em um negócio. Cada vez tem mais vacinas para doenças menos importantes”, avaliou. 
Mariana Lenharo


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