terça-feira, 1 de novembro de 2011

Palestina torna-se membro da UNESCO e Israel adota sanções.

Na segunda-feira, a Palestina se tornou membro pleno da Unesco durante uma votação nominal na 36ª Conferência Geral do órgão, em Paris. A resolução foi aprovada com 107 votos a favor, 52 abstenções, e 14 votos contrários, entre eles de Israel, Alemanha e Estados Unidos.
Será que depois desta oposição americana, e o boicote do seu pagamento à UNESCO no valor de 60 milhões, a ONU estará fazendo aumentar sua imagem como governo mundial e jogando a 'liderança' dos EUA para 'escanteio', promovendo seu isolamento e piorando a situação? Ou tudo isto apenas fomentará um conflito em escala mundial?


Veja: Israel adota sanções após entrada da Palestina na Unesco.

Israel decidiu construir 2.000 residências em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia e congelar provisoriamente a transferência de recursos à ANP (Autoridade Nacional Palestina) como medida de retaliação pela admissão do governo palestino como membro de pleno direito da Unesco, informou neste terça-feira à noite o governo israelense.


"Estas medidas foram tomadas pelo fórum dos oito principais ministros sob a presidência do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, como sanção após a votação na Unesco", indicou a fonte.

"Vamos construir 2.000 residências, incluindo 1.650 em Jerusalém, e o restante nos assentamentos de Maalé Adoumim e de Efrat (no sul de Belém, na Cisjordânia)", indicou esta autoridade, que pediu para não ser identificada.

"Ele também decidiu congelar provisoriamente as transferências de fundos destinados à Autoridade Palestina, até que uma decisão definitiva seja tomada", acrescentou este alto funcionário.

"O que aconteceu na Unesco não é algo sem importância e deve ser tratado com seriedade. Israel pode escolher efetuar uma resposta unilateral própria a esta iniciativa", disse fonte diplomática citada pela edição on-line do diário "Yedioth Ahronoth".

Outras fontes ligadas ao Executivo davam a entender que a reação será edificar mais casas em assentamentos situados em "lugares que Israel não vê como problemáticos", embora o anúncio receba "críticas internacionais".

Entrevistado pela rádio pública, o vice-ministro israelense das Relações Exteriores, Danny Ayalon, afirmou que o país quer estudar respostas à votação no nível diplomático e político.

"A Unesco se tornou uma organização política ao admitir um Estado que não existe, depois da votação de uma maioria automática de seus membros. Esta iniciativa dos palestinos demonstra que eles não querem a paz nem negociações, têm apenas a intenção de perpetuar o conflito", ressaltou.

O vice-chanceler também manifestou decepção com a França, que cedeu à Autoridade Palestina depois de ter tentado dissuadi-la de sua iniciativa na Unesco.

VOTAÇÃO

Na segunda-feira, a Palestina se tornou membro pleno da Unesco durante uma votação nominal na 36ª Conferência Geral do órgão, em Paris. A resolução foi aprovada com 107 votos a favor, 52 abstenções, e 14 votos contrários, entre eles de Israel, Alemanha e Estados Unidos.

Para conceder o status de Estado-membro à Palestina, a Unesco precisava do voto favorável de dois terços dos 193 países representados na votação.

A condição anterior dos palestinos era de membro observador. A solicitação de mudança de status é parte da batalha diplomática empreendida pelo povo árabe para que sejam reconhecidos como Estado, o que culminaria em sua tentativa de ingressar na ONU.

A agência é a primeira da organização em que os palestinos buscaram integração como membro total desde que o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, entrou com o pedido de assento na ONU, em 23 de setembro. Os palestinos se preparam agora para apresentar um pedido de ingresso na OMS (Organização Mundial da Saúde), segundo o ministro da Saúde da ANP, Fathi Abu Moghli.

Abbas saudou nesta segunda-feira a adesão da Palestina como membro pleno da Unesco como uma "vitória" para os direitos de seu povo. "Aceitar a Palestina na Unesco é uma vitória para (os nossos) direitos, para a justiça e para a liberdade", disse seu porta-voz, Nabil Abu Rudeina.

CORTES

Em resposta à votação favorável aos palestinos, o ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, defendeu ontem no Parlamento a possibilidade de cortar todos os vínculos com a ANP.

"Minhas recomendações serão muito claras. Temos que avaliar o corte de todos os vínculos com a Autoridade Palestina. Não podemos seguir aceitando medidas unilaterais uma após a outra", disse Lieberman, que participará da reunião ministerial desta tarde.

Na manhã desta terça-feira, o chefe negociador palestino, Saeb Erekat, declarou à rádio militar israelense que o governo do premiê Benjamin Netanyahu deveria ter sido o primeiro país a aplaudir a votação na Unesco, já que israelenses e palestinos compartilham uma "terra com história e cultura comuns".

Poucas horas depois do anúncio da admissão da Palestina como membro pleno da Unesco, os Estados Unidos, que votaram contra a resolução, anunciaram a suspensão dos repasses de fundos à entidade.

Segundo a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, a decisão da Unesco foi "lamentável, prematura e mina o objetivo comum para um acordo de paz justo e duradouro" entre israelenses e palestinos.

Por isso, segundo ela, os EUA deixarão de fazer o pagamento de US$ 60 milhões que fariam em novembro, apesar de continuarem membros da organização.

Os EUA --que se retiraram da Unesco em 1984 argumentando que não estava de acordo com a gestão do organismo, regressando em 2003-- advertiram em reiteradas ocasiões que poderiam cortar a ajuda econômica à Unesco, de 22% do orçamento bianual, que chega a US$ 653 milhões.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/10001...esco.shtml

Como sempre, os canalhas criminosos de Israel praticando atos genocidas contra os palestinos e ao mesmo tempo, se fazendo de "vítimas".
Os argumentos dos israelenses são tão ridículos que expõe o pensamento dominante desse pseudo-estado criminoso e sionista.



http://www.libertar.in/2011/11/palestina-torna-se-membro-da-unesco-e.html#more

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